Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?
Romanos 7:24
(Klinnsman Ferreira)
Paulo, em sua carta aos romanos, faz alusão a umas das piores punições contra o homicídio de sua época, que consistia em o assassino carregar, em suas costas, o corpo de sua vítima pelo deserto até que ambos fossem consumidos pela putrefação. Imagino quão grande era o fardo carregado pelo apóstolo para dizer tais palavras, possivelmente, no contexto que elas foram empregadas, ele estivesse se referindo a culpa de ter matado e perseguido seus irmãos, com base em sua antiga e errônea interpretação da Lei.
Trazendo tal contexto para nossa realidade, tenho a certeza que todos nós carregamos fardos diários que têm o potencial de nos levar para morte espiritual. Nesse período de recessão, somos constantemente provados a permanecer fies aos nossos princípios, não sucumbido a natureza do pecado. Sem todos os afazeres de nossa antiga rotina, sobra muito tempo para nossa mente questionar o cristão que verdadeiramente estamos sendo, como também, os erros que temos cometido. Dessa forma, ao atentarmos para nosso interior e constatarmos todas as nossas magoas, aflições e anseios, precisamos ter a mesma certeza que Paulo teve: que o maior peso já foi carregado por Cristo na cruz do calvário.
Que esse período de recesso seja usado para olharmos para nós mesmos e agradecermos pelas bênçãos e misericórdias que diariamente são providas do Alto. Ponhamos em nossa mente que o tempo de perdoar é agora; o tempo de dizer “eu te amo”, é agora; e, por fim, que não há nada mais importante que dedicar tempo a Deus! Pois, só assim, confinados em nossas casas, estaremos fortalecendo nossa fé ao ponto de compreendermos as palavras de nosso amado Mestre Jesus: “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque eu sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.